“... em 2014, a xenofobia
ultrapassou os limites do tolerável, e a ladainha enfadonha de ‘culpar’ uma
região (micro) pelo resultado nacional (macro) não só permanece como ganha mais
adeptos. Não se deram conta de que o discurso do ‘nós podemos ter opção’ e
‘eles não’ é tão ridículo como defender o voto censitário, ou desigual. A
legitimidade da igualdade de opção é tão igual quanto. Por que os critérios de
escolha do ‘outro’ estão ‘errados’ enquanto os ‘meus’ estão ‘certos’? Como é
que se aponta o dedo para o outro e diz: errado (?).
Não se deram conta de que
o mapa político 2014, no sentido de opção de votos por unidade da federação no
segundo turno, é igual ao de 2010 (com exceção do DF), que é muito parecido com
o de 2006. Não se deram conta de que as regiões sul, sudeste e centro-oeste
concederam mais de 29 milhões de votos à situação enquanto as regiões norte e
nordeste menos de 24 milhões, ou seja, a situação obteve ‘só’ 5 milhões de
votos a mais no sul, sudeste e centro-oeste. Aliás, sequer fazem diferença
entre norte e nordeste ou sul e sudeste.
Não se deram conta de que
Minas Gerais e Rio de Janeiro não fazem parte do sul e de que Roraima, Acre,
Rondônia idem. Não se deram conta de que São Paulo (repleta de nordestinos) não
faz parte do sul, e proporcionalmente, foi o estado de maior ‘oposição’ no
segundo turno. Não se deram conta de que quase sete milhões de sulistas
(gaúchos, catarinenses e paranaenses) votaram em favor da situação, contra 9,5
milhões na oposição.”
Confira a matéria completa por Luiz Fernando Ozawa 28/10/2014
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